segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Nós queremos a PAZ.

Nós queremos paz.
A frase mais ouvida nos últimos dias. Talvez a mais postada nas redes sociais.
Onde está a paz que você busca? Certamente não está em Gaza. Pois podem parar os rojões e baixarem as armas, que você continuará a discutir com seu vizinho todas as vezes que ele estacionar em seu portão.
Veja bem, não quero propagar a ideia de que a guerra está legal. Só estou querendo dizer que a hipocrisia é algo que me incomoda um pouco.
Se você não é capaz de manter a paz em sua casa, em sua família, em seu trabalho, está o tempo todo com a arma na mão, pronto para atacar alguém e não aceita opiniões contrárias as suas que lá vai acusar, apontar e ofender, me diz com que base poderá julgar a guerra entre Palestinos e Israel?
Óbvio que ninguém quer comparar sua briga de vassouras com a irmã com a briga entre os países citados acima, sabemos bem a proporção que cada uma tem e os impactos que causam para o mundo.  Contudo, o que insinuo é que qualquer conflito é gerado por pessoas e essa é a doença do mundo: As pessoas! Que não sabem ouvir, que não sabem dialogar, que não sabem aceitar a palavra do outro como sendo a palavra final. É preciso nos curar internamente, somos todos doentes (me incluo nisso, ok?!), adquirimos alguma doença viral da razão, onde você, se não concordar com esse meu texto, já vai torcer o nariz e falar por aí coisas a meu respeito. Ao invés de simplesmente ler e entender que não preciso ter uma opinião igual a sua.
Se olharmos lá dentro e tentar tirar o bichinho da vaidade, aquele que diz no nosso ouvido: “Ei, você está certo, agrida ele”, talvez possamos entender que só a paz verdadeira vence a guerra.
Aquela paz que a gente cria, por saber que no mundo tem espaço para todas as pessoas e o que torna tudo tão bacana é o fato de sermos tão diferentes. Sabe aquela paz que a gente não pede? Aquela que não gritamos? Aquela que nasce quando aceitamos ser nós mesmos e amar o outro pelo que ele é, mesmo ele gostando de comer Jiló com Jaca mole.
Se pararmos de travar pequenas guerras no nosso dia a dia, na fila do banco, no almoço em família, com o filho, com o marido, com o colega do trabalho, já estaremos trilhando um bom caminho para o começo da PAZ.
Nós queremos a Paz. Detemos a paz. Sem saber.




quarta-feira, 11 de junho de 2014

No meio do caminho tinha um gato

Hoje eu salvei um gato.
Salvei sua única vida.
Entre tantos transeuntes que por ali passavam, viravam seus olhos e fingiam não ver. Alguns tão focados em suas rotinas que realmente não viam. Ali naquela avenida aquele montinho de pelo encolhido, assustado, às margens da preciosidade do tempo humano.
Como um fruto podre. Ele estava ali. Carros desviavam bem em cima, alguns olhavam com dó, outros com raiva, alguns com medo. Um fruto podre que fora desprezado pelo humano e agora estava ali, esperando o seu destino chegar.
Talvez tivesse ainda um pingo de forças para levantar-se e mover-se. Mas talvez temesse o que aconteceria depois, passaria fome, frio, sede, medo... Melhor seria por um fim a tudo isso e ficar ali no meio da avenida, esperando que um distraído viesse e acabasse com a agonia da incerteza.
Eis que o vi, encolhido, sujo e sangrando. As lágrimas vieram à tona por pensar mais uma vez na crueldade humana. Desviei meu caminho e acolhi esse serzinho em uma blusa que tinha no carro. Tomei-o para junto de mim e decidi que o salvaria.
Seus olhos me olharam como se vissem a esperança. A esperança de viver, a esperança de encontrar um lar, a esperança de um alimento ou a esperança de ser tirado ali, da morte.
Não relutou. Senti seu corpinho totalmente entregue em minhas mãos, como quem ainda confiasse na raça humana. Sua única opção talvez. Ainda confiar na raça humana.
Ele tinha cheiro de abandono, de quem não consegue mais controlar suas próprias necessidades fisiológicas, salivava muito e sangrava. Um sangue vivo, recente. Marcas da irracionalidade do homem.
Os olhos lacrimejavam como quem chorasse, talvez chorasse mesmo. Um choro de medo, dor e alívio. Quando seu olhar cruzou com o meu pude ver o quanto estava grato. Por eu ter voltado, por eu ter dado a ele uma oportunidade, por eu ter visto outra coisa em meu caminho que não fosse o relógio, ou por eu ter pensado em algo que não fossem os meus problemas.
Hoje eu salvei a mim mesma.
Salvei minha única vida.
E peço a Deus para que continue me salvando, todos os dias.


sábado, 10 de maio de 2014

Mãe


Ela não tem pinta de heroína, passa despercebido pelas ruas e ninguém sabe sua história ou o que passa em seu mundo.
Sim, ela poderia ser personagem principal de um filme de ação, ou de romance, de comédia e até algumas vezes de suspense.
Ela nada tem que a faz diferente das demais.
Na adolescência teve as mesmas experiências que a pouco pediu, lutou, gritou para que você não tivesse. Egoísmo? Não, proteção. Ela sabe onde errou. E sabe as consequências que isso lhe causou. Fará de tudo para que você não repita os mesmos erros. Mal sabe ela que não tem jeito. Você prefere aprender pela vida, é mais desafiador e algumas vezes mais atraente. Mas você sabe que ainda assim, ela estará lá para quando seu mundo desmoronar.
Ela teve sonhos, você provavelmente esteve presente neles. Assim como você, ela ia chorar em algum canto escondido quando nada dava certo. Sim, ela tem um coração que chora, embora você sempre a viu sorrindo.
Sonhou encontrar o príncipe encantado, se iludiu algumas vezes e quando julgou encontrá-lo se uniu a ele para ter você. Esse príncipe que você chama carinhosamente de Pai, pode até não ser mais o príncipe dela, mas em algum lugar de seu coração a gratidão dela por ele ter lhe dado você, sempre existirá.
Quantas vezes ela não soube o que fazer quando você chorava. Em seu interior se questionava se estava sendo boa o bastante.
Como foi duro ter de dizer não quando você pedia um presente caro, algumas vezes era difícil atender todos os seus pedidos, mas aquele "não" que era tão duro aos seus ouvidos era tão dolorido no coração dela.
E quando você, no mercado, pedia infinitos doces, tão estrategicamente expostos aos olhos de uma criança, e ela, com o dinheiro apenas do pão, tinha que lhe explicar os motivos.
Todas as manhãs, quando ela saía para trabalhar levava consigo a esperança de poder lhe dar aquilo que ela não teve. O dia era longo e você não entendia porque precisava passar tanto tempo longe dela. A noite, quando você ainda queria brincar, essa mulher guardava seu cansaço e ia atender seus chamados.
Você não sabia, mas quando a chamava para levar você ao banheiro de madrugada, imaginando que era imune aos fantasmas e monstros, ela também temia o escuro.
Ela brigou com você para não falar palavrões, ela correu atrás de você pela casa com a vassoura na mão, ela gritou tão alto que todos da vizinhança escutaram, ela quebrou a porta do quarto, quando você ousou se trancar dentro dele e quase te atirou um prato de vidro na cabeça. Aparentemente atitudes de uma pessoa desequilibrada, mas ela tem “licença materna” para fazê-lo, para tentar fazê-lo um ser humano melhor.
Quantas vezes através de seus atos ela te mostrou que o mundo não estava aos seus pés, que as coisas nem sempre sairiam como você planejou e que era preciso acreditar em Deus e preservar a família. Hoje, quando você olha para trás e vê seu caminho, entende para que serviram os sermões.
Essa mulher precisou de muita coragem para suportar a vida. Ela precisou abrir mão de sua vaidade inúmeras vezes, precisou abrir mão de sua vida. Precisou fazer dupla jornada para te dar o que comer e para te fazer um adulto de sucesso. Não pensem que isso foi fácil, ela é uma mulher normal.
Aqueles sonhos da adolescência dela, ainda existem, mas há tempos ela deixou de sonhar seus sonhos, para viver os seus.
Não a chamem de heroína, de guerreira, de mulher maravilha. A chamem de mãe. É assim que elas gostam de ser chamadas. Nenhum outro nome poderia descrever tão bem aquilo que ela viveu uma vida inteira.
E querem saber se essa mulher, com poderes de voltar no tempo faria tudo diferente? Eu nunca perguntei para minha. Mas sinceramente, eu temo que não. Pois nada é mais gratificante nessa vida do que podar dar a  sua vida para que seu filho possa viver.
P.s: Mãe eu te amo.





sábado, 26 de abril de 2014

Gatos Amados


Hoje vi em meu face uma determinada pessoa (que obviamente já foi excluída), falando que gatos são do mal, são cruéis e demais comentários infelizes a respeito dos bichanos.
O meu objetivo não é julgar apenas baseada no amor que tenho por esses felinos, a pergunta é: Quantos gatos o sujeito já viu maltratando alguém? Quantos deles já foram pegos falando mal e julgando seu próximo? Por acaso você já viu algum gato planejando destruir o outro apenas para seu próprio benefício? Alguém aí já viu um gato te abandonar porque o pote de comida dele está vazio? Ou até mesmo já viram um gato fingir amor por você e falar mal de você pelas costas? Como ousam vir dizer que gatos são traiçoeiros, interesseiros e até além: Maléficos? Desculpem-me, mas vocês são humanos ignorantes, que não conseguem olhar para o próprio umbigo, passam horas do dia manipulando pessoas, sendo falsos com o próximo, maltratando seu irmão, trabalhando cada dia mais seu egoísmo, se aproveitando das pessoas que tem algo a lhe oferecer fingindo até mesmo amor por elas, usando pessoas como se elas fossem descartáveis, virando o nariz a semelhantes que mais precisam de seu amor. O que vocês são mesmo? TRAIÇOEIROS, INTERESSEIROS, DO MAL.
Parem de julgar seres indefesos que sofrem na mão das pessoas preconceituosas, que por vezes chegam até os extremos de maltratá-los até a morte. Imagine se Deus resolve julgá-los como julgam os gatos, já pensou nisso? Gatos são SIM seres amáveis, companheiros, amigos, carinhosos e AMAM SIM os seus donos, com um amor que a raça humana não consegue conhecer, pois ainda estão muito aquém desse nível de pureza e liberdade.
Se não gostam de gato ou não gostam do que falei, não venham aqui, mas me poupem o trabalho ou a decepção de ler no mural de vocês tamanho besteirol a respeito de assuntos que não conhecem.
Adotem um gato, passem uma semana com ele e depois revejam a opinião sem fundamento de vocês.
Aprendam a amar com os animais.
Ass.: Monike de saco cheio desse preconceito imbecil.




sexta-feira, 11 de abril de 2014

Vamos combinar assim?


“A vida só muda quando você muda.”
Essa frase tão clichê não deveria passar despercebida, pois o que ela tem a dizer poderia mudar o mundo. Não o mundo todo, mas o mundo das pessoas.
Quando a gente tá pra baixo, ou está passando por alguma dificuldade, a tendência é se abater, isso é universal. Mas o que não percebemos é que quando isso acontece o poder de mudar a situação só depende de nós e vencer uma guerra com soldados cansados e deprimidos não é possível. Deixe para ser abater quando o momento for de glória. Só se pode descansar quando a guerra acaba. O ápice de uma batalha é dado quando os seus combatentes estão com mais garra e mais fortes. Nesse momento é que se define quem vai ganhar essa guerra.
Por isso, se você está vivendo em um campo minado, não é o momento de se abater, mas sim o momento de se levantar e lutar.
De nada adianta se acomodar na sua vidinha e inventar desculpa para si mesma de que não é mais possível, de que já tarde. NUNCA é tarde. A mudança que você espera está em você e se você não for buscá-la ninguém fará isso em seu lugar. 
Se está difícil, complicado, parece que não tem solução. Então essa é a hora de bolar estratégias e agir. Quem não sai do lugar não vai a lugar nenhum, meio óbvio né? Mas poucas pessoas entendem isso.
O que leva inúmeras pessoas a se acomodar nas situações é o medo. O medo é pior sentimento que existe, ele cria em nós outros sentimentos que só tendem a nos deixar mais estagnados, como por exemplo, a covardia e o gosto pela inércia.
Não vai ser fácil, nunca é. Sair da nossa zona de conforto e mudar tudo pode ser assustador, mas só conhece o gosto do novo aquele que ousou deixar o velho. Ousadia, talvez seja essa a palavra de ordem, deixar para trás antigas histórias, planos afundados, coisas velhas a que nos apegamos. Quanto às pessoas? Pessoas nunca são deixadas para trás, sempre seguem conosco pela vida, pois estas são movidas por sentimentos, sentimento é espiritual, nunca morre. O que nos prende ao velho é puro materialismo, apego pelas coisas vãs da vida.
Portanto se despeça de seu materialismo, sempre é hora. Olhe para trás e veja tudo aquilo que você perdeu por se apegar ao que já não era mais seu. Coloque sua melhor roupa, olhe no espelho, veja as marcas que a vida já lhe causou e ouse retribuir. Faça marcas nela também. Marcas profundas, corajosas e vitoriosas. Ainda é tempo. Mude.



quarta-feira, 2 de abril de 2014

Como é doce ser mulher


 "Ser mulher é para os fortes. Acredito que não exista no mundo um só homem com o equilíbrio mental e físico para ser mulher. A gente tem que cuidar da saúde, do corpo, da mente, das crianças, do marido, da casa, do trabalho, do salto, do coração, da panela, dos animais de estimação, das roupas, das "piriguetes", das cobras, dos amigos, do cabelo, do mercado, da academia, dos pés, das mãos, dos hormônios, do útero, das inseguranças, dos medos, dos chefes... E, além disso, temos que ser fortes, corajosas, inteligentes, sedutoras, compreensivas, pacientes, cozinheiras, massagistas, sexólogas, conselheiras, zelosas, lindas, cheirosas, atraentes, simpáticas... No final do dia ainda temos fôlego para ser mais do que o mundo nos exige. Nós temos capacidade de sempre sermos mais. E se encontrarmos uma barata no caminho? A gente pisa e segue em frente, não temos tempo a perder. Mas se nosso "macho alfa" estiver por perto... Ah... Daí a gente grita, faz cara de nojo e sobe em um lugar bem alto, porque a Mulher sempre há de ser mulher”.




quarta-feira, 26 de março de 2014

Fiu, Fiu!


Em mais uma das minhas andanças pela internet, chego ao site do IG e encontro uma enquete.
A pergunta aos internautas é a seguinte (baseada em fatos reais): Como evitar que a mulher seja assediada nos transportes públicos? As opções: a) Roupas menos ousadas, b) Mais segurança e c) Áreas ou vagões exclusivos. 
Tamanha ignorância e retrocesso sugerir que deixemos de usar a roupas que queremos para não sermos assediadas.
Enquanto esse tipo de pensamento existir, a mulher sempre será um ser inferior.
O que eu visto não quer dizer o que eu sou. Se eu quiser ir pelada à rua, simplesmente porque não estou afim de me vestir, nenhum homem terá o direito de sequer encostar em mim, nem mesmo os policiais no momento de me prender por atentado ao pudor.
Alguns homens assediam as mulheres porque vivemos nesse mundo nojento onde o sexo forte impera e faz o que quer com o sexo frágil. Cresceram ouvindo que a mulher é um ser comestível e que ele é um predador atroz.
Este não é um texto feminista, não estou aqui defendendo as mulheres “doa a quem doer”, estou aqui como um ser humano livre, em um país que deveria ser livre.
Estou tentando conter toda minha indignação interna para expressar de uma forma menos dura, que não importa a roupa que eu esteja usando, o batom que eu passei ou o tamanho do meu salto, aqueles que querem esfregar seus pintos órgãos genitais nas mulheres ou passar a mão nelas, devem ser punidos de forma severa.
Segurança é de praxe, deve existir independente do assédio. Vagões exclusivos só servem para afirmar que temos um problema social. A opção “d” deveria ser: Leis que defendam a mulher de um assédio. E quando eu digo assédio, incluo o simples “fiu, fiu” inconveniente na rua, aquele que constrange e que algumas vezes até amedronta.
Para minha desolação total, vejam abaixo a resposta que estava ganhando.
De acordo com 891 brasileiros, as mulheres devem evitar usar a roupa que querem para que não sejam assediadas. Em breve, talvez nos coloquem uma burca e nos proíbam de ir às ruas para evitar estupros.

Total de visualizações de página